sábado, 2 de junho de 2012

3º) Você já conhece fotografia ou vai fazer um bom curso?


Observe que eu disse “vai” e não “quer fazer um curso”. Isso porque você vai precisar de um dinheiro razoável para comprar seu equipamento. Comprar uma máquina avançada e não usar os principais recursos é jogar dinheiro fora.

Mas se você realmente está interessado em investir tempo e dinheiro em fotografia, existem basicamente dois tipos de máquina para você. São as máquinas do tipo reflex (DSLR ou SLR), as mirrorless e as do tipo compacta de uso profissional.


Exemplo de câmera DSLR, ou reflex (imagem de divulgação).

As máquinas reflex são aquelas grandonas, que trocam a lente e muita gente chama de profissional (mas existem reflex amadoras, semi-prfissionais e profissionais). Essas máquinas possuem dois visores por meio do qual o fotógrafo vê o que será fotografado, um digital (telinha) e um ótico (uma lente pela qual o fotógrafo vê a imagem real, sem intermédio de uma tela, muito útil em situações de muita luz). Elas são chamadas reflex por possuir um espelho entre o visor ótico e a lente que permite que a imagem do visor (ótico e não uma telinha digital) seja praticamente idêntico ao da imagem, em tempo real. Quando você clica, o espelho levanta em altíssima velocidade e o sensor digital é atingido pela luz. Hoje isso parece irrelevante, já que qualquer câmera digital ou celular faz isso sem necessidade de espelhos. Mas esses sistema foi criado antes das câmeras digitais, numa época em que o visor ficava deslocado da lente gerando uma diferença entre o que se via na hora da foto e a imagem da fotografia revelada. Mas as vantagens dessas máquinas vão além da precisão da imagem. Elas são muito mais rápidas que as compactas, usam sensores mais avançados, geram imagens de maior qualidade, permitem ajustes mais precisos, além de serem mais resistentes. Em geral, quanto mais caras, melhores essas funções. O preço dessas máquinas pode variar muito. Partindo de pouco mais de R$ 2.500 e chegando a R$ 50 mil, valores de janeiro de 2024. Às vezes a lente é mais cara que a própria máquina. Por isso as reflex amadoras já vêm em um kit com lente simples e as profissionais vêm sem lente.

Exemplo de câmera mirrorless (imagem de divulgação)


As câmeras mirrorless são um avanço permitido pelas tecnologia. É o corpo muito parecido com o de uma câmera reflex, também permitem troca de lentes, mas sem o espelho (saí o nome mirrorless, "sem espelho"). Visualmente, a principal diferença é que essas são mais estreitas, já que o espelhinho dentro da câmera exigia um espaço maior. Como ela não tem espelho, o visor ótimo é substituído por um segundo visor digital, menor, no qual aproximamos um dos olhos para que condições de muita luz não atrapalhem o enquadramento. No mais, são bem parecidas com as reflex. Os preços são ligeiramente mais altos que o das câmeras reflex, considerando máquinas da mesma categoria.


Uma compacta adaptada para o uso profissional Esse modelo tem encaixe para flash (no alto da máquina) como uma de suas principais características.

Já as compactas de uso profissional são máquinas menores que as reflex e as mirrorless, mas com um porte razoável. Suas lentes possuem um bom zoom, mas não podem ser trocadas. Normalmente elas tem flash embutido, mas também têm sapata (encaixe) para flash externo. Tirando isso, elas têm quase tudo que uma reflex amadora tem: quase tão rápidas, quase tão precisas, quase tão versáteis e custam quase o mesmo preço. As únicas vantagens sobre uma reflex amadora são o tamanho e o peso. São úteis principalmente na hora de viajar, mas existem fotógrafos profissionais que as utilizam em estúdio.

As compactas de uso profissional não devem ser confundidas com as máquinas compactas com lentes intercambiáveis. As de uso profissional normalmente oferecem funcionalidades como a possibilidade de conectar um flash externo profissional que deixam a máquina apropriada para uso em estúdio, além da resistência que esse tipo de equipamento pede. Já as compactas com lente intercambiáveis, em sua maioria, são máquinas sem recursos profissionais, mas que permitem que sejam compradas lentes diferentes. Esse tipo de máquina não foi desenvolvido para uso profissional, mas pensando em fotógrafos iniciantes ou entusiastas. Além disso as diferenças de um modelo para o outro são tão grandes que fica difícil enquadrar esse tipo de equipamento em uma só categoria. Mas, definitivamente, não são equipamentos profissionais. Na minha opinião, são mais bonitas que funcionais. O que não quer dizer que sejam máquinas ruins.


Nikon 1 J3, exemplo de compacta com lente intercambiável. Observe que não há encaixe para flash e que, sem a lente, ela se parece mais com uma compacta simples que com uma máquina mais robusta.

Para saber qual modelo escolher é melhor você ler bastante. Quem tem uma máquina desse tipo costuma ser um apaixonado por fotografia e ler sobre o assunto não será um sacrifício (é claro que também existem uns desavisados que compram no impulso). Só que essa paixão costuma se estender às marcas. Por isso, não fique com a opinião de apenas um apaixonado. Leia, pesquise, compare. Forme sua opinião e sua paixão.

Sim, eu também tenho minha paixão. Ela atende pelo nome de Canon. E dois sobrenomes EOS 60D, PowerShot S5IS (ambas bem antigas). Mas também tenho uma Nikon Coolpix P900 (com um lente superzoom) e, pela praticidade, uso muito um celular com câmera avançada. Por isso, minha opinião também é suspeita e vou deixar para as revistas especializadas as comparações entre os modelos. Cá entre nós, nem elas se sentem a vontade para fazer isso.

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