segunda-feira, 2 de julho de 2012

Sensibilidade (ISO ou ASA)

Por meio do ajuste de sensibilidade é possível reduzir a quantidade de luz necessária para que a máquina possa capturar uma imagem. Simples assim. Mas, como tudo no mundo, o uso dessa “mágica” tem suas conseqüências. Estava bom demais para ser verdade, não é?

A regra básica para a regulagem da sensibilidade é: quanto mais luz, menor o ISO necessário e maior a qualidade da imagem. Se for utilizado um ISO muito alto, pode ocorrer o que se chama de “ruído”, uma espécie de sujeira na imagem que reduz sua nitidez. Observe as fotografias abaixo, seguidas de seus respectivos detalhes, todas realizadas com a mesma máquina compacta Olympus:






Observe que, à medida que se aumenta o valor do ISO, a imagem fica menos “lisa”. Observe também que o efeito é mais visível nas partes mais escuras da imagem.

Na maioria das máquinas, os valores de ISO começam do ISO 100 e vão dobrando (200, 400, 800, 1600, 3200...). No entanto algumas máquinas permitem regulagens intermediárias. As boas máquinas de possuem ISO inferior ao 100, como 80 ou 50. Isso permite fotos mais nítidas em situações de muita luz.. É possível regular a máquina para que o ISO seja selecionado automaticamente. Nesse caso, é possível que alguns valores de ISO, principalmente os mais altos, não estejam disponíveis.

A quantidade de ruído para um mesmo ISO varia de uma máquina para outra. Com a evolução tecnológica o ruído também diminui bastante. Minha primeira máquina digital, uma Canon PowerShot A95 (compacta, 5 megapixels, lançada em 2004), possuía as opções de ISO 80, 100, 200 e 400. Naquela máquina, o ISO 400 era muito ruim. Na maioria das máquinas de hoje, o ISO 800 tem um ruído muito menor menor, quase imperceptível.


Compare as imagens acima e veja que o ISO 800 de uma Canon 60D produz menos ruído que o ISO 400 de uma Canon S5IS

ISO e flash
No post sobre a iluminação, comentei que o flash é regulado pela máquina para iluminar bem o objeto que estiver no primeiro plano, o que costuma deixar no escuro o que estiver por trás. Por meio da regulagem da sensibilidade é possível reduzir esse efeito. O aumento da sensibilidade ajudará a máquina a captar a luz dos pontos mais escuros, que não forem iluminados pelo flash. Ao mesmo tempo, a menor potência necessária para que o flash ilumine o objeto no primeiro plano ajudará a reduzir a diferença de luz entre o primeiro e os demais planos.

Para a imagem acima, a sensibilidade da máquina foi ajustada para ISO 100. Foi utilizado o flash embutido no modo automático. Observe que a luz ambiente não é suficiente para iluminar o fundo e o alcance do flash não vai muito além do objeto em primeiro plano.

Já nessa imagem a sensibilidade utilizada foi ISO 800, também com flash automático. Observe que o fundo fica melhor iluminado já que boa parte da luz ambiente é captada. O flash permanece iluminado apenas o primeiro plano. A área mais ao fundo (amarelada) é iluminada por uma luz diferente.

Curiosidade:
Quem já fotografou com filme lembra que a escolha da sensibilidade ocorria na hora de comprar o filme. O mais comum era o ISO 100 (ou ASA 100), filme apropriado para fotografar à luz do sol. O ISO 400 era usado com flash em ambientes internos, com flash. O ISO 200, menos comum, podia ser usado com o céu nublado. Já nas câmeras digitais, o ISO pode ser mudado a cada fotografia e o leque de opções é bem maior, mesmo nas máquinas mais simples.

Nos filmes também acontecia o ruído. Mas, naquela época, o nome era outro: granulação. Visualmente era exatamente isso que se via, pequenos grãos na imagem, que acabava ficando um pouco menos nítida. O efeito não era tão desagradável. Aliás, alguns fotógrafos faziam da granulação sua marca registrada.

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